VITORINO ALMEIDA VENTURA
Memórias de Ansiães (Vol. 2)
VITORINO ALMEIDA VENTURA
Memórias de Ansiães (Vol. 2) Livro audEo fds001
Vitorino Almeida Ventura - texto Fotografia: José João Cochofel Design gráfico: Gonçalo Calheiros Depósito legal nº 124050/98 ISBN 972-97793-0-9 Reservados todos os direitos do editor e do proprietário da obra impressa, sendo proibida a duplicação e a utilização não autorizada desta obra, no todo ou em parte.
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Há quase uma década atrás, a audEo iniciou uma actividade vocacionada para a criatividade e inovação musical. Com este livro abrimos uma nova colecção designada FORA DE SÉRIE, dedicada a edições limitadas e excepcionais. Este texto inaugural justifica-se editorialmente não só porque o seu autor é um dos mais interessantes escritores de textos/ letras da nova música portuguesa (confirme-se em "A Nova Portugalidade" de U NU), como pela própria musicalidade que esta escrita em si transporta. Esperamos assim seduzi-lo para o jogo criativo que o autor nos propõe para decifrar tradições longínquas.
Vitorino Almeida Ventura não é transmontano. Do ovo, tem apenas a costela de Eva, na face pombalina de sua mãe. Como assim, castigado foi de menino. Não acabou o Curso de Composição do Conservatório de Música do Porto, nem o Instituto de Inglês. Pelo meio, abandonou o futebol, depois de ter sido campeão nacional de iniciados, pelo Futebol Clube do Porto. Mais tarde, e bem mais!, não seguiu o convite para assistente de Literatura Portuguesa, para continuar ao Porto o grupo de música inovadora U Nu, suspenso pouco depois... no qual mergulhou com o fotógrafo José João Cochofel, percussionista, também sentenciado à condição de agricultor, para aprender o que a vida é, de madura. Ao presente, dá aulas de Economia à lua, correndo o boato de que apenas o faz pela redução de horário. (De resto, pelo sol, fica-se a riscar o que lhe vai na cabeça.) Depois, ainda dizem que este 'gajo' quer trabalhar... |
Minimal
Ventura publicou na Brasília Editora o seu primeiro livro, "Da Cidade e Deste Corpo". Sobre ele escreveu-se que «num bizarro estilo, entre o dramático, o caustico e o irónico, dá-nos o autor, nestes escritos de difícil catalogação (contos?, reportagens?, apontamentos?), alguma coisa bem mais singular do que o género utilizado para o relatar» ou «o texto é ferido pelo arrepio de uma revolta demarcando-se no terreno vago da indiferença em que o humor se torna mais magoado que negro». Seguiu-se na Numérica o disco "A Nova Portugalidade", onde o autor pontuou como intérprete-cantor dos textos que escreveu para serem tocados pelo seu grupo U Nu. O disco foi referido pelos media como um dos melhores trabalhos portugueses do ano. "Memórias de Ansiães" inaugura a colecção Fora De Série, dedicada pela audEo a edições limitadas. Neste texto o autor mostra-nos de novo a sua acutilante ironia, fazendo-nos o retrato de uma povoação que tenta inscrever-se na história do 3º milénio... Cáustico e profundamente inventivo, este "romance" leva-nos a pensar se o que se passa neste país não é um mero reflexo das criativas histórias trazidas de memória, de Carrazeda de Ansiães, no Portugal do fim do mundo! |