ISABEL BARROS, PEDRO TUDELA & FILIPE MARTINS
Là Où Je Dors
ISABEL BARROS, PEDRO TUDELA & FILIPE MARTINS
Là Où Je Dors DVD audEo fds006
Isabel Barros - direcção, coreografia e espaço cénico Pedro Tudela - música original e imagem Filipe Martins - DVD e vídeo Fgurinos e adereços: Helena Medeiros Intérpretes: Elisabete Magalhães, João Costa, Luís Monteiro, Pedro Pires Pinto, Raul Maia, Sónia Cunha, Vera Santos, Vitor Hugo Pontes Estreia: Rivoli Teatro Municipal/2002 Co-produção: Balleteatro Companhia, Culturporto/Rivoli Teatro Municipal Reservados todos os direitos do produtor fonográfico e do proprietário da obra gravada, sendo proibida a duplicação e a utilização não autorizada desta obra, no todo ou em parte.
ALL RIGHTS RESERVED ℗ & © SPA / AUDEO ESGOTADO |
Para Isabel Barros, a matéria de "Là Où Je Dors" [Lá onde durmo] são os sonhos e foi o texto de Maurice Blanchot, "L'Espace Littéraire", sobretudo no terceiro capítulo "o sono, a noite", que encontrou fortes sugestões. O sono transforma a noite em possibilidade, em possibilidade de sonho. E é o sonho, como um chamamento irresistível, misterioso e perigoso, que a coreógrafa escolhe para criar o espaço das imagens inconscientes; o espaço das personagens de um teatro interior e íntimo, alusivo, repetitivo, persistente e sem fim... O sonho que nos transforma no outro, noutro... que é semelhante a outro e a outro... Diz Blanchot: "Procuramos o modelo originário, queríamos ser reenviados a um ponto de partida, a uma revelação inicial, mas que não há: o sonho é o semelhante reenviado eternamente ao semelhante".
|
Público
Sabe-se da importância da palavra poética enquanto factor de indução de imagens. Desta conjugação Tudela faz surgir drones das quais vão emergindo batidas de “ambient tecno”, cortadas por arranhões nos locais mais extravagantes da rede sónica, efeitos de “delay” e “phase”, sobreposições, ecos, súbitas eclosões de ruído seguidas de contracções e aspirações. “Là où je Dors” pode ser um complemento dos @C em que o composto sonoro abre mais a janela, deixando antever uma fauna e uma flora não menos monstruosas onde cada aberração é capaz de espantar por uma concepção do Belo que se infiltra como uma doença. Aprovada para uso farmacológico ou para contemplação em estados de consciência alterados. (8/10) Fernando Magalhães |